Equipa à Câmara sem mais Lordelenses
Paredes: Joaquim Mota volta ao PSD para continuar na Junta de Freguesia
O actual presidente da Junta de Freguesia de Lordelo vai voltar a candidatar-se ao cargo, mas, contrariamente a 2005, nas listas do PSD. O Movimento Independente por Lordelo (MIL) encabeçado por Joaquim Mota chega, três anos depois, ao fim. Ao fim parece ter chegado, igualmente, as divergências entre o autarca e Celso Ferreira.
Recorde-se que Joaquim Mota foi um dos maiores contestatários do processo que culminou na substituição de Granja a Fonseca por Celso Ferreira e chegou, inclusive, a colocar um ponto final na relação pessoal com o agora presidente da Câmara nas vésperas das eleições autárquicas. “Foi a conjuntura e um acumular de situações que levou àquela situação”, defendeu, na terça-feira, Celso Ferreira.
Mota limitou-se a dizer que a sua posição em 2005 ficou a dever-se a atitudes que considerou “irresponsáveis” tomadas por “quem dirigia o partido”.
A apresentação oficial de Joaquim Mota como candidato em Lordelo foi efectuada numa conferência de imprensa presenciada por grande parte dos militantes expulsos do partido por terem integrado a candidatura independente. “Já falei com o presidente da Distrital do PSD e irei propor a readmissão de todos esses militantes”, anunciou, também, Celso Ferreira. “Nada nos divide. Nada nos opõe. Antes pelo contrário, o projecto é comum”, justificou, ainda, o líder da Concelhia.
Já Joaquim Mota explicou que o convite para regressar ao PSD partiu de Celso Ferreira e que só foi aceite depois de garantida a concordância de todos os membros do MIL. “Se houvesse um que dissesse não eu não aceitava”, sustentou.
Por outro lado, Mota garantiu que a sua candidatura nas listas social-democratas tem o apoio de ex-candidato socialista Costa Fernandes e do cabeça-de-lista do PSD em Lordelo em 2005, Francisco Pacheco. “Costa Fernandes disponibilizou-se para integrar a minha lista”, assegurou o homem que adiou o desejo de ser vereador para depois de 2013. “Neste momento, Lordelo é tudo”, referiu.
Mota aproveitou ainda o anúncio oficial da sua candidatura para pedir a integração de um Lordelense na lista do PSD à Câmara, desejo, no entanto, imediatamente refutado por Celso Ferreira. “Lordelo não terá outro vereador. A minha equipa está formatada e será apresentada em Junho”, finalizou Celso Ferreira.
Mota candidato do PSD em Lordelo
O presidente da Comissão Política Concelhia do PSD em Paredes, Celso Ferreira, deu uma conferência de imprensa na última terça-feira, dia 9, para apresentar o primeiro candidato social-democrata para as eleições autárquicas de 2009. Joaquim Mota, depois de ter vencido a Junta de Lordelo, em 2005, pelo MIL (Movimento Independente de Lordelo), volta a candidatar-se em 2009, mas agora pelo partido a que teceu duras criticas há três anos. “É com orgulho que começamos a preparar as eleições de 2009, justamente por Lordelo”, afirmou Celso Ferreira. Natural de Lordelo, o presidente da Comissão Política e, também, presidente da Câmara Municipal de Paredes, garantiu que agora “nada nos divide. O PSD está unido. O que nos dividiu em 2005 foi colocado para trás das costas”. Recorde-se que na “turbulenta” campanha de 2005, e na sequência da troca de candidatos do PSD (Granja da Fonseca foi substituído por Celso Ferreira na corrida à autarquia), Joaquim Mota deixou o partido de Sá Carneiro e enveredou por uma candidatura independente, que lhe viria a dar a vitória na Junta de Lordelo.
Três anos depois, “a concelhia vai propor a readmissão de todos os elementos suspensos no processo eleitoral de 2005”, revelou Celso Ferreira, salientando que a “actual estabilidade interna do PSD não vai permitir uma candidatura independente em Lordelo”.
Mota foi o primeiro candidato que o PSD deu a conhecer, mas o partido garantiu que nas próximas semanas serão anunciadas mais candidaturas, “que trarão surpresa aos paredenses”. A candidatura à Câmara Municipal, apesar de já ter a equipa formada, só será apresentada em Julho do próximo ano.
A apresentação da candidatura de Joaquim Mota contou com a presença de vários elementos da Junta, amigos e familiares do candidato. Também Filipe Carneiro, presidente do núcleo social-democrata de Lordelo, marcou presença. “Tendo em conta o trabalho realizado nos últimos três anos e o bom entendimento da Câmara com a Junta, este é o nosso melhor candidato para Lordelo”, referiu Carneiro.
“Já tinha saudades de entrar nesta casa (sede do PSD em Paredes). A última vez que aqui estive foi para partir lenha e saí de costas voltadas contra as atitudes de quem dirigia o partido naquela altura”, recordou Joaquim Mota.
O actual candidato revelou que “o meu partido é, acima de tudo, Lordelo. Trabalhar por Lordelo e servir a nossa terra é o meu lema e o da equipa que me acompanha”.
“Hoje estive a falar com o candidato do PS à assembleia de freguesia de Lordelo, Costa Fernandes, que mostrou todo o apoio à minha candidatura do PSD e afirmou que estava disponível para integrar a minha lista. O mesmo se passou com o candidato pelo PSD, em 2005, Francisco Pacheco”, adiantou Mota.
Recorde-se que em 2005 Joaquim Mota pensava que seria vereador na autarquia paredense (um cargo prometido por Granja da Fonseca). Um sonho que ainda não perdeu. “Gostaria de ser vereador, um dia. Neste momento para mim Lordelo é tudo, até porque só posso ser presidente de Junta por mais um mandato”, esclareceu o candidato que tem por finalidade, entre outros projectos, criar um centro histórico junto à Torre dos Alcoforados.
Mota revelou também que vai tentar influenciar o presidente da Câmara a ter mais uma pessoa de Lordelo na sua equipa. Uma influência que não vai dar frutos, uma vez que Celso Ferreira garantiu, de imediato, que “Lordelo não terá outro vereador na autarquia”.
Joaquim Mota acredita que os lordelenses poderão ficar com algumas dúvidas, com esta sua candidatura laranja, mas ainda assim acredita que “estamos aqui para ganhar por uma maioria considerável”.
E se o processo eleitoral de 2005 “não foi bem gerido e o PSD viveu uma fase quase negativa”, a verdade é que “não há um culpado para o que se passou. Tudo aconteceu devido a um acumular de situações”, esclareceu Celso Ferreira aos jornalistas.
O presidente da Concelhia nega que esta revelação tenha acontecido agora, por estratégia política. “Já podíamos ter avançado com esta notícia há 4 ou 5 meses. Não o fizemos porque era demasiado cedo”, revelou.
O facto de Mota ser agora o candidato do PSD à Junta prende-se apenas com uma realidade: Mota “nunca votou contra uma deliberação. Apesar de independente nunca se afastou do projecto do PSD”, lembrou Celso Ferreira, aproveitando para afirmar que o mesmo não se passou com outros elementos do partido.
Quando questionado pelos jornalistas sobre a saída de Joaquim Neves, Celso Ferreira referiu que “Neves não foi excluído por ninguém. Ele é que se excluiu pelas suas atitudes”. Por isso é que Joaquim Neves, presidente do núcleo do PSD em Rebordosa, “não será levado em conta na escolha do candidato para a Junta de Rebordosa nem para a Câmara Municipal”, garantiu o presidente da Concelhia.
"Nada nos divide"
A 10 meses das eleições autárquicas, o PSD apresentou o seu primeiro candidato para 2009. Joaquim Mota, que em 2005 concorreu à junta de Lordelo como independente e ganhou, vê assim levantada a suspensão imposta pela distrital social-democrata e assume reconciliação com Celso Ferreira. Foi no meio do presidente do Núcleo do PSD de Lordelo, Filipe Carneiro, e do recandidato à autarquia lordelense, Joaquim Mota, que o líder da concelhia social-democrata iniciou o processo das autárquicas 2009.
Mota, mais do que um candidato, é como o filho pródigo que regressa a casa. O autarca havia cortado relações pessoais e profissionais com Celso Ferreira, na sequência da cisão que houve no partido e agora assumem-se na mesma equipa.
Em conferência de imprensa, o edil paredense apresentou o candidato, que nas últimas eleições “cilindrou” o próprio partido nas urnas com uma equipa de independentes, e repetiu que “as feridas do passado” estão saradas e que união é a palavra de força entre ambos. “Nada nos divide”, repetiu por três vezes, o presidente da câmara de Paredes.
Segundo Celso Ferreira, a apresentação surge agora, no final do ano, “mas podia ter acontecido há cinco ou meses”. Todavia, o denominado “encontro de reflexão” de sexta-feira terá sido o culminar do processo. Nessa reunião ter-se-ão limado algumas arestas, nomeadamente no que concerne aos anseios do actual presidente de junta de Lordelo. “Sempre disse que só aceitava o desafio se a minha equipa me acompanhasse”, confessou Joaquim Mota. De resto, a lista para 2009 deverá ser composta pelos elementos do MIL.
Quanto ao regresso, o lordelense revelou que “já tinha saudades. Da última vez que cá vim parti muita lenha”. Na altura, viveu-se um dos períodos mais conturbados da história do PSD em Paredes, mas o apoio do MIL a Celso Ferreira, meses depois, e a cooperação entre junta e câmara terão motivado o casamento após o divórcio.
“Em 2005, o PSD viveu uma fase negra, mas a cooperação permanente e o facto de nenhum de nós ter prejudicado o partido ajudou-nos a unir forças. Agora, reconhecemos que 2005 não foi bem gerido, foi um processo turbulento que deixou muita mágoa. Três anos e meio volvidos, quem ficou no poder soube estabilizar relações”, interpretou Celso Ferreira.
Mais “surpresas” ainda em Dezembro
Para o mês de Dezembro estão prometidas mais surpresas (leia-se, apresentações de candidaturas social-democratas). Quem o anunciou foi o próprio Celso Ferreira, que recusa a ideia do timing da apresentação desta candidatura ter sido escolhido em função da actual conjuntura da política em Paredes. “Nós ainda não vimos adversários, apenas gente incomodada. Como tal, enquanto não se apresentarem, o PSD segue o seu caminho”, afirmou.
Joaquim Neves é um caso diferente
Mas a reconciliação poderá acontecer um dia com Joaquim Neves? Celso Ferreira recusa comparações e acusa o rebordosense de ter virado as costas ao partido. “O Mota ao contrário do Joaquim Neves nunca se opôs ao PSD. Joaquim Neves já votou contra projectos que aprovou e até que decidiu (no caso dos radares) ”.
Para a freguesia de Rebordosa, Joaquim Neves, apesar de ser presidente do núcleo local, não será tido nem achado na escolha dos candidatos. “O presidente do núcleo de Rebordosa auto-excluiu-se, portanto, nem para a junta, nem para a câmara terá alguma palavra no processo”.
Mota: “Sonho ser vereador, mas há projectos para terminar”
Joaquim Mota não esconde, apesar de tudo, o sonho antigo de um dia ser vereador na câmara de Paredes. Mas, como o próprio admite, esse objectivo terá que ficar adiado pelo menos em quatro anos. “É verdade que é um sonho e um objectivo, mas neste momento há projectos na freguesia de Lordelo para desenvolver neste último mandato”. Referia-se, dobretudo a quatro, em particular: construir uma ponte da Alameda de Portugal até quartel dos Bombeiros, requalificar a EN 209, terminar o Parque do Rio Ferreira e potenciar a zona histórica de Lordelo.
Celso Ferreira: “Chegou o momento de pacificar”
Antes de anunciar publicamente esta candidatura, Celso Ferreira estabeleceu diálogos com o núcleo de Lordelo e com os candidatos de 2005. Para o líder da concelhia, “agora que não vivemos a pressão de 2005, chegou o momento de pacificar o PSD. E é preciso reconhecer que a vitória do MIL foi sem espinhas. Foi uma manifestação clara de que o povo de Lordelo sabe o que quer”.
Já Joaquim Mota revelou o apoio do candidato social-democrata em 2005. “Posso confessar-vos que Francisco Pacheco demonstrou solidariedade e até apoio a esta candidatura, o que me emocionou bastante”. Até do lado do PS, segundo o autarca, surgiu um convite de origem surpreendente. “Falei com Costa Fernandes, o candidato socialista nas últimas eleições, que me deu todo o apoio e ofereceu-se para integrar a nossa lista em 2009”.
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